A segunda-feira (17) começou com transtornos para cerca de 700 mil pessoas que dependem do transporte público em São Luís e cidades vizinhas. Uma greve geral dos motoristas e cobradores de ônibus suspendeu o funcionamento do sistema, deixando ruas e terminais vazios. Com isso, a população teve que buscar alternativas, como vans, táxis-lotação, mototáxis e aplicativos de transporte, que registraram alta na demanda e nos preços.
A paralisação foi decretada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) após meses de negociações sem avanço. A categoria reivindica reajuste salarial, aumento no vale-alimentação, inclusão de dependentes no plano de saúde e odontológico, além de seguro de vida para motoristas. Desde novembro do ano passado, diversas reuniões foram realizadas, mas as empresas de ônibus alegam falta de recursos e sequer apresentaram uma contraproposta.
Na última sexta-feira (14), uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região reuniu representantes dos trabalhadores, das empresas de ônibus, da prefeitura de São Luís e de órgãos estaduais de transporte, mas o impasse continuou.
Diante da greve, a Justiça do Trabalho determinou que 80% da frota continue circulando, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. No entanto, ao longo do dia, foi possível constatar a paralisação total do serviço, incluindo as linhas que ligam São Luís a municípios como São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar.
Uma nova reunião de conciliação entre rodoviários e empresários está marcada para terça-feira (18), na tentativa de destravar as negociações e evitar que a paralisação se prolongue. Enquanto isso, a população segue sem transporte e sem uma solução concreta para a crise.
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