Novo Ano Começa com Corte de 300 Ônibus e Aumento de Tarifas no Rio

O primeiro dia útil de 2025 trouxe desafios para o transporte público do Rio de Janeiro. Cerca de 300 ônibus, que atingiram o limite de 12 anos de uso permitido por lei, foram retirados de circulação, provocando desfalques em várias linhas. Entre as afetadas estão as linhas 100 (Central—General Osório) e 553 (Rio Sul—Recreio), operadas anteriormente pela Real Auto Ônibus e agora atendidas por outras empresas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), as concessionárias são obrigadas a renovar a frota com veículos mais modernos sempre que coletivos atingirem o limite de idade. Em nota, a RioÔnibus afirmou que monitora a situação e garantiu que a operação está mantida. Entretanto, usuários reclamam que os veículos usados na substituição não são climatizados e aparentam desgaste excessivo.

Tarifas Mais Caras e Qualidade Questionada

Além da redução na frota, os passageiros enfrentam aumento nas tarifas. A passagem de ônibus subirá de R$ 4,30 para R$ 4,70 a partir de domingo. Nos trens, o valor passará de R$ 7,10 para R$ 7,60 em fevereiro. Apesar do reajuste, beneficiários da tarifa social continuarão pagando R$ 5 no transporte ferroviário.

Passageiros relatam insatisfação com o custo-benefício dos serviços. Estações mal conservadas, trens antigos e falta de acessibilidade, como a ausência de pisos direcionais para deficientes visuais, são algumas das reclamações mais frequentes.

Segundo a concessionária SuperVia, o reajuste segue critérios contratuais baseados no Índice Geral de Preços (IGP-M). A Agência Reguladora (Agetransp) anunciou que haverá aumento no metrô em abril, mas as tarifas das barcas permanecerão inalteradas este ano.

Compromisso com Benefícios Sociais

O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, assegurou que o valor reduzido para os beneficiários da tarifa social será mantido por mais 12 meses. Um novo decreto está previsto para estender a validade do benefício, oferecendo algum alívio financeiro para a população de baixa renda.

Apesar das promessas de renovação e melhorias, os usuários seguem céticos, cobrando soluções efetivas para a qualidade e segurança no transporte público do Rio de Janeiro.